Reinaldo,
Realmente admiro o Ministro Joaquim Barbosa. Tenho, porém, um receio: de que muitos estejam depositando nele uma expectativa com uma tendência a transformá-lo em um novo “Sassá Mutema, o Salvador da Pátria”, ou no “Messias da Moral Política Nacional”.
Mamãe insistia em me dizer: “crie Zebu ou até Labrador ou Pitbul ou mesmo soja transgênica – expectativa não dá futuro, não gera lucro, minha filha…”. Ela também dizia que “quem diz o que quer, ouve o que quer e o que não quer”. Tenho também sofrido as consequências tanto disso como daquilo.
O Ministro Joaquim Barbosa traduziu em palavras o que eu também penso (e muitos dos leitores deste blog) sobre nossos “nobres” congressistas e partidos. Porém, concordo com você: certas pessoas não podem falar certas coisas, mesmo que essas coisas sejam certas. Nem tudo que dá certo é certo e vice-versa.
Mas, chega um momento, e já é passado da hora, que alguém tem que falar, formar opinião, fazer os outros pensarem e exercerem a liberdade de se manifestar sem medo. Ou, mesmo que com medo, assuma as consequências de não ficar em cima do muro, não sendo omisso ou indiferente.
Aderi à campanha do voto distrital. E assumi o compromisso de informar a quem eu possa alcançar sobre a importância da participação política, mesmo que não concorde com as causas que defendo e minhas argumentações. Não tenho a ilusão de alcançar a unanimidade. Afinal, já dizia Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra”.
O Ministro Joaquim Barbosa, independente da motivação pessoal de suas críticas, tem revelado o vácuo que se instalou na política nacional. Até que tenhamos a coragem e a firme decisão de falar de cidadania e política em nossos lares, em nossos círculos de relacionamentos, de maneira cristã. Conforme está escrito:
“Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania
de maneira digna do evangelho de Cristo.”
(Filipenses 01:27a)
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